10 de nov. de 2011

Como se constrói identidade

Ninguém questiona a importância do professor na sociedade atual. Por que, então, sua imagem continua ruim?

Há 2400 anos morria Sócrates. Filho de um escultor e de uma parteira, ele foi muito mais do que um filósofo, na época em que a Grécia era o centro do universo. Nas ruas de Atenas, dedicava-se a ensinar a virtude e a sabedoria. Revolucionário, rejeitava o modelo vigente, segundo o qual o conhecimento devia ser transmitido "de cima para baixo". Seu método era dialogar com pequenos grupos em praças e mercados. Usava a consciência da própria ignorância ("Só sei que nada sei") para mostrar que todos nós construímos conceitos. Acreditava que é preciso levar em conta o que a criança já sabe para ajudá-la a crescer intelectualmente. Na época, essas práticas representavam uma ameaça, porque tiravam o mestre do pedestal para aproximá-lo dos discípulos — exatamente o contrário do que faziam os sofistas, estudiosos e viajantes profissionais que cobravam caro por uma educação obviamente elitizada. Por isso, Sócrates foi levado a julgamento e punido com a condenação à morte bebendo cicuta, veneno extraído dessa planta.

Vários séculos se passaram até que suas idéias fossem colocadas em seu devido lugar, o de primeiro professor da civilização ocidental. Professor, palavra de origem latina, é aquele que professa ou ensina uma ciência, uma arte, uma técnica, uma disciplina. É o mestre. Como tal, deve dar o exemplo, ser respeitado e imitado. Infelizmente, essa imagem nem sempre correspondeu à realidade, (acompanhe a linha do tempo, no Brasil e no mundo, ao longo das páginas desta reportagem). E, mais triste ainda, não acompanha o professorado nacional — tanto na sociedade quanto entre os próprios colegas. A universalização do ensino (em 1970, o Brasil tinha 17,8 milhões de alunos em todos os níveis; hoje, esse número é de 54 milhões, um terço do total da população) acabou levando a uma perda de prestígio.

Nos anos 80, quando esse processo chegou ao nível mais baixo, a mestra virou "tia". A socióloga Maria Eliana Novaes, ao defender sua tese de mestrado em Educação na Universidade Federal de Minas Gerais, descreveu com exatidão o processo: a professora primária ficou de lado quando as funções de diretora e orientadora (com salários melhores) foram ocupadas por profissionais com curso superior. Com gente "mais qualificada" pensando e gerindo o ensino, só restava à "normalista" fazer o que os outros planejavam. Desde então, a batalha é para reverter essa trilha. No mundo todo, vem crescendo a consciência de que a educação é o único jeito de garantir o crescimento econômico das nações e propiciar a construção de uma sociedade mais justa. Em discursos, entrevistas e artigos, o tom é sempre o mesmo: não há outra saída. Por que, então, o docente não é valorizado como deveria?

Projeção distorcida

"A identidade do professor ainda é respeitadíssima", garante Gaudêncio Torquato, especialista em marketing político. "O que está distorcida é a projeção dessa identidade." Uma alteração que só existe, segundo Diana Gonçalves Vidal, responsável pela disciplina de História da Educação na Universidade de São Paulo (USP), porque a sociedade ignora a essência do trabalho docente, o cotidiano da sala de aula e o desenvolvimento lento e gradativo do aluno. "A imprensa não divulga justamente o que nos dá mais satisfação", afirma. No ano passado, os maiores jornais do país publicaram 211 textos com o professor como tema central. Guilherme Canela, pesquisador do Núcleo de Estudos sobre Mídia e Política da Universidade de Brasília, analisou essas reportagens e concluiu: a grande maioria não vai além da divulgação de programas oficiais de capacitação. A solução é fazer com que outros assuntos, tão ou mais relevantes, cheguem às redações.

Ou seja, é o momento para sair de trás das cortinas e assumir o lugar no palco. A boa notícia é que muita gente está disposta a fazer isso. Maria Inês Ghilardi Lucena, coordenadora do curso de pós-graduação de Análise do Discurso do Instituto de Letras da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Campinas, estudou uma pesquisa feita por NOVA ESCOLA no início do ano passado com leitores de Porto Alegre, Curitiba, São Paulo, Ribeirão Preto e Recife. Com base nas declarações dos entrevistados, ela concluiu que existem basicamente dois tipos de educadores: os que são de fato e os que estão apenas ocupando espaço. A especialista identifica o primeiro grupo com competência, criatividade e dedicação. Gente que busca acertar e melhorar o quadro geral da educação. Já no segundo existem resquícios de acomodação e preguiça de se envolver com essa nova realidade do ensino. O resultado é cruel: os próprios colegas ajudam a disseminar uma imagem ruim do que fazem. "É preciso criar vínculos", defende Maria Inês. "Sem esse compromisso, a tendência é expressar negativamente as condições de trabalho e a realidade da função."

As conclusões batem com outras, obtidas alguns anos atrás por Cláudia Pereira Vianna, professora de Política e Organização da Educação Básica e Estudos de Gênero em Educação, da Faculdade de Educação da USP. Numa pesquisa sobre o movimento sindical dos anos 70, ela percebeu que o bloco dos comprometidos é maioria — mesmo os que não se envolvem politicamente, por se considerar desiludidos com o movimento, procuram cursos de capacitação e têm vontade de acertar. Na trincheira oposta ficam os que não se identificam com a profissão: "Os muito jovens aguardam novas oportunidades e os mais velhos, a aposentadoria", afirma Cláudia.

Problemas escondidos

Além dos problemas visíveis, há vários escondidos, no fazer docente. Há seis anos, o sociólogo suíço Philippe Perrenoud percebeu que os educadores estavam preocupados com a imagem que tinham em seu país. Na busca por motivos, ele listou dez não-ditos da profissão, características inerentes ao dia-a-dia na escola, mas que não são discutidas nem assumidas. Entre elas estão o medo de enfrentar a violência nas escolas de bairros marginalizados, de não saber controlar uma classe e de avaliar injustamente; a necessidade de improvisar diante de situações não planejadas e a rotina. "Esses dilemas ficam ocultos e viram fonte de frustração", acredita Perrenoud.

Wanderley Codo, coordenador do Laboratório de Psicologia do Trabalho da Universidade de Brasília e da pesquisa Educação, Carinho e Trabalho, realizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, em 1999, destaca a existência de outro "vício" oculto: o vínculo afetivo necessário para que o processo de ensino-aprendizagem se desenvolva é contínuo e intenso — e provoca exaustão emocional. "O grau de exigência do próprio professor e da sociedade é elevado. Sem acompanhamento, muitos não conseguem agüentar a pressão e se sentem diminuídos", afirma Codo. Por isso, diz ele, o suporte psicológico deveria ser uma das principais bandeiras do movimento sindical, um caminho para reconstruir a identidade e o imaginário da profissão.

Professora, tia ou anjo?

Rodolfo Ferreira, professor de Sociologia da Educação da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, estudou a evolução dessa imagem analisando as reportagens publicadas no Jornal do Brasil por ocasião do Dia do Professor entre 1940 e 1992. Ele conta que até meados dos anos 60 havia um respeito celestial ("Um pouco de anjo e um pouco de Deus", afirma um artigo em 15 de outubro de 1950). "O que se espera de um santo?", questiona. "Fazer milagres e chegar ao céu como recompensa por seus feitos, não pelo salário." Quando os baixos vencimentos e as parcas condições de trabalho se tornam conhecidos do grande público, na década de 70, o encantamento acaba. Termos como "proletário" e "falta de dignidade" substituem "dom", "sacerdócio" e "missão nobre".

O movimento sindical luta para desvincular o Magistério do sacerdócio. A atuação, indispensável, acaba desembocando numa arapuca. "Ao rejeitar o sofrimento do sagrado, o discurso de classe incorpora a penitência dos comuns", diz Ferreira. "E o excesso de auto-piedade levou à perda da dimensão do próprio valor." A pedido de NOVA ESCOLA, o sociólogo retomou o estudo e analisou as reportagens publicadas no jornal desde 1993. "Encontrei resquícios da imagem do sofredor, inclusive na boca de autoridades", constata.

"Qual é a solução? Ampliar as discussões em torno da importância da educação vai trazer mudanças a médio prazo, mas acho que cabe aos cursos de Pedagogia e às entidades representativas de classe resgatar nos professores os verdadeiros valores da profissão." Só desse modo o personagem pode se tornar o agente da própria transformação.

Essa mudança começou com a abolição da expressão "tia" do cotidiano da escola. Até porque ela está freqüentando a universidade e se especializando. Em 1999, 47% dos professores do Ensino Fundamental tinham o curso superior completo. Cinco anos antes, eram apenas 41%. A meta é chegar a 2007 com 100%. Ao ajudar a preparar o projeto pedagógico da escola, todos vão, inevitavelmente, ocupar mais espaços e recuperar a auto-imagem. O passo seguinte, diz Maria Izabel Noronha, presidente do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo(Apeoesp), tem de ser o envolvimento na elaboração da política educacional. "Fora do processo de criação das leis que regem o próprio trabalho, o docente se limita a criticar e denunciar, expondo-se à opinião pública." Como muitas mudanças não alteram as condições de trabalho nem trazem melhoria no desempenho dos estudantes, vem a frustração. "Se o aluno não aprende, o culpado é o professor, nunca a política educacional", destaca Maria Izabel.

Interesse crescente

É inegável, porém, o aumento do interesse pelo assunto. O Grupo de Institutos, Fundações e Empresas divulgou em julho que 81% dos recursos aplicados no Brasil por organizações não-governamentais vão para a Educação de Jovens e Adultos. Como um todo, o setor educacional representa 9% do Produto Interno Bruto, o equivalente à soma dos investimentos em telecomunicações, eletricidade e petróleo. Movimento semelhante ocorre na imprensa. A Agência Nacional dos Direitos da Criança e o Instituto Ayrton Senna acompanham diariamente as notícias sobre infância e adolescência publicadas em cinqüenta jornais. No final de 1996, a educação ocupava a 5a posição no ranking dos temas mais abordados, atrás de saúde, direitos e justiça, violência e políticas públicas. Em 1998, assumiu o 1o lugar, que ocupa até hoje. No ano passado, foram 19619 inserções (31% relatos de ações e reflexões; 24% novidades do Ensino Fundamental e 17% histórias cujo foco era o professor).

De olho na televisão, a Apeoesp criou um espaço diferenciado. Desde abril, vai ao ar todos os sábados, pela Rede TV, o programa Educação no Ar. Durante cinco minutos, especialistas discutem temas do dia-a-dia da categoria e grandes questões de política educacional. Da mesma forma, os programas dos canais abertos apontam para uma preocupação maior com a imagem do docente. Estudo feito especialmente para NOVA ESCOLA por alunos de pós-graduação em Análise do Discurso da PUC de Campinas revela que Malhação, da Rede Globo, mostra o colégio como um lugar moderno, espaço de companheirismo e troca de boas experiências. Na telinha, os professores conversam sobre assuntos de interesse dos adolescentes e fogem dos estereótipos. A exceção é Jalecão, que leciona Matemática sempre de avental, pune a garotada e dá provas sem avisar. Curiosamente, ele também é respeitado pelos personagens jovens. Os pesquisadores concluíram que a imagem do mestre é condizente com seu papel na educação moderna. Embora a escola da série seja uma espécie de ilha da fantasia, é infinitamente melhor do que a caricatura presente em velhos programas, como Escolinha do Professor Raimundo (Globo) e Chaves (SBT), que mostram um profissional totalmente ultrapassado.

Nesse novo cenário moldam-se as condições favoráveis para resgatar o velho prestígio de fomentador do conhecimento e condutor da formação pessoal e social dos alunos. Tomar ciência dessa situação é o primeiro passo para revelar à sociedade a verdadeira imagem — e reconstruir a identidade hoje chamuscada. A tarefa seguinte é aproveitar cada vez melhor os espaços que se abrem na sociedade e na mídia. Uma missão digna da importância do trabalho do professor.

Lições no tempo

No mundo

Povos primitivos
Os feiticeiros, curandeiros e esconjuradores falavam com os espíritos superiores e transmitiam os conhecimentos para as crianças e o resto da tribo. Para suprir as necessidades do dia-a-dia, como alimentação e vestuário, as crianças imitavam os adultos.

China
A educação era baseada na decoreba. As classes — sempre barulhentas, com todos repetindo em voz alta os textos de Confúcio e seus discípulos — funcionavam em qualquer sala vaga em residências particulares.

Grécia
Os anciãos educavam os jovens a qualquer hora e em qualquer lugar. O mestre era o exemplo a ser admirado. Mulheres tinham direito à educação, para se tornar boas mães de guerreiros. No século V (a.C.), os sofistas — estudiosos profissionais — cobravam caro para transmitir o conhecimento adquirido em viagens e leituras.

Roma
O lar era o centro da educação. As escolas elementares funcionavam em ruas, praças ou entrada de templos. Só apareceram como edifícios próprios para o ensino com a expansão do Império Romano sobre a Grécia, para imposição dos costumes. Os preceptores, muitas vezes escravos, não mereciam atenção das autoridades.

Século VIII
Ênfase na educação religiosa como forma de combater o paganismo dos gregos.
O imperador Carlos Magno edita várias capitulares sobre educação. A de 787 ordena que sacerdotes e monges estudem as letras. Dois anos depois, todo mosteiro e abadia é obrigado a ter a própria escola, para ensinar salmos, música, canto, aritmética e gramática.

Século XI
Em 1088, surge a primeira universidade do mundo, em Bolonha (Itália), com ensino independente da Igreja. Dois séculos depois, 74 instituições de ensino são criadas por papas e monarcas, estendendo aos membros da universidade os privilégios do clero, como isenção de serviço militar, impostos de taxas.

Século XIV
Na sociedade asteca, sacerdotes controlavam a educação. As calmecas eram escolas especiais que treinavam meninos e meninas para tarefas religiosas. As crianças menos disciplinadas iam para as telpuchcallis, ou "casas da juventude", onde aprendiam história, tradições, artesanato e normas religiosas.

Século XIV
O Renascimento marca a retomada dos valores da literatura e da filosofia gregas. Petrarca e Boccaccio, entre outros, dão aulas particulares para complementar o salário da universidade.
Vittorino da Feltre, o primeiro mestre moderno, funda a Casa Amena, onde ensina literatura e história em vez de línguas. Esportes e jogos se mesclam aos estudos.

Século XV
Erasmo, em sua Educação Liberal, condena os métodos bárbaros de disciplina e recomenda métodos mais atrativos. Aconselha estudos sobre a criança, enfatiza a importância de jogos e do exercício. Ele é considerado o grande mestre da época.

Século XVI
Um surto da educação teológica influencia tanto universidades quanto o ensino elementar. A Companhia de Jesus torna-se o principal instrumento da educação na Contra-Reforma, inclusive com o envio de missionários jesuítas para catequizar índios no Brasil.

Século XVII
O pastor João Amós Comênio conclui em 1632 a Didactica Magna (tradução latina em 1657 e impressão no idioma original somente no século XIX), tratado educacional sobre a finalidade do homem na Terra, o papel da educação e da religião e as exigências universais do ensino e da aprendizagem, além das metodologias e da disciplina escolar.

Século XVIII
Em 1760, a imperatriz da Áustria, Maria Teresa, declara: "A educação é e sempre foi, um fato político", criticando o caráter privado e eclesiástico válido até então. Ela e Frederico II, da Prússia, são os primeiros a investir na escola pública estatal. A Revolução Francesa e a independência dos EUA exigem instrução para todos e a educação vira tema de políticos e filósofos.

Século XIX
O conceito de educação e sua administração continuam essencialmente religiosos, mas o acesso se amplia. Isso faz com que os professores não sejam mais escolhidos entre o clero, mas entre sacristãos, soldados inválidos e trabalhadores temporários. Recomenda-se não usar mais varas nem chicotes para punir o aluno, só colocá-lo de joelhos, em posição de oração, de sofrimento e de arrependimento. Em 1806, o ensino mútuo ou monitorial, de Andrew Bell e Joseph Lancaster, ganha força: é possível instruir mais de 50 alunos por classe, utilizando adolescentes já escolarizados como monitores. Doze anos mais tarde, J. H. Pestalozzi afirma que só há um meio de combater a rejeição de alguns alunos à escola: um método de ensino melhor. Ele combate o sadismo pedagógico e a crueldade contra as crianças, até então atos "naturais". Documentos da Revolução Socialista de 1848 pregam educação pública e gratuita para todos, baseada na instrução intelectual, na educação física e no treinamento tecnológico.
O Manifesto Comunista prevê elevar "a classe operária acima das classes superiores e médias". Em 1897, o educador norte-americano John Dewey ressalta, em seu Credo Pedagógico, que "o professor é empenhado não somente na formação dos indivíduos, mas na formação da justa vida social".

Século XX
Avanços na Psicologia Infantil garantem: a criança precisa de atividades para aprender. Já o professor precisa saber como a criança aprende para poder ensiná-la. A Escola Nova nasce em 1919 propondo a substituição da autoridade pelo senso crítico e pela liberdade. Na década de 20, a Itália fascista defende uma escola para as classes privilegiadas, com estudos humanísticos, e outra para as subalternas, com cursos profissionalizantes. Terminada a Segunda Guerra Mundial, brotam movimentos pedagógicos. Entre os destaques, as idéias de Célestin Freinet. A Declaração Universal dos Direitos do Homem, aprovada pelas Nações Unidas em 1948, sanciona o direito à educação gratuita e obrigatória no ensino elementar. Carta a Uma Professora, escrito em 1967 e publicado por uma pequena editora de Florença, vira símbolo do movimento estudantil que eclode no ano seguinte. 1968 marca a luta contra a opressão entre classes sociais e entre gerações, também presentes na relação aluno-professor. Para combater a escola opressora, Illich sugere o fim da instituição. Em 1992 a ONU promove o primeiro Fórum Mundial de Educação para Todos, em Jomtien (Tailândia). O encontro lança as bases para a erradicação do analfabetismo e a garantia de um ensino de qualidade. Dacar, a capital do Senegal, recebe delegados de todo o mundo em nova conferência da ONU, em 2000. O sonho da educação para todos ainda não se tornou realidade.

No Brasil

Antes de Cabral
Não há registros precisos sobre a educação na "Ilha de Vera Cruz" antes da chegada das caravelas portuguesas à costa da Bahia. Sabe-se, porém, que os curumins eram instruídos por muitos adultos (pais, tios, avós), principalmente entre os tupis-guaranis. Em algumas tribos, o pajé era o responsável por passar os valores culturais.

Século XVI
Jesuítas chefiados pelo padre Manoel da Nóbrega chegam em 1549 para catequizar e educar os índios e dar aulas para os filhos dos colonos.
A educação é baseada na hierarquia e na religião. Os filhos da nobreza e da classe dominante estudam em Lisboa, Londres, Paris e Roma. Sob a direção do sacerdote Vicente Rijo (ou Rodrigues), o primeiro mestre-escola do Brasil, é fundada em Salvador a primeira "escola de ler e escrever", o Colégio de São Salvador, posteriormente rebatizado Colégio dos Meninos de Jesus na Cidade do Salvador, com "boa capela, livraria e alguns trinta cubículos". O edifício é de pedra e cal de ostra, construído pelos próprios religiosos, com a ajuda dos índios.

Século XVIII
Com a expulsão dos jesuítas, em 1759, dezenas de colégios, seminários e missões são fechados. Na área educacional, seus substitutos são os padres franciscanos, beneditinos e carmelitas, além de pessoas da sociedade sem preparo nem instrução. O Marquês de Pombal, ministro dos Negócios Estrangeiros e Gente de Guerra, introduz o ensino público.

Século XIX
A Corte portuguesa se transfere para o Brasil em 1808 e inaugura faculdades de Ciências Médicas e Econômicas. Governadores das capitanias, autoridades religiosas e corporações de comerciantes pedem licença para operar cursos de ensino elementar. Em 1822, D. Pedro I ainda permite que particulares mantenham estabelecimentos de ensino sem autorização.

A Lei Geral de Ensino, de 15 de outubro de 1827, é a primeira do tipo no país. Coexistem professores padres, mestres de corporações profissionais, associações filantrópicas e preceptores particulares (estrangeiras que ensinavam os filhos da elite). Meninas só podiam freqüentar escolas de meninas. Em 1834, um Ato Adicional transfere para as províncias a responsabilidade pela organização do sistema de ensino e de formação de professores. A primeira escola normal é aberta no ano seguinte, em Niterói (RJ). Em 1839, inaugura-se o Colégio Pedro II, marco do ensino público. No final da década de 40, regulamentos reduzem os salários e o nível de exigência de formação dos professores, que são obrigados a ir à missa aos domingos e proibidos de se ausentar da freguesia sem a permissão do presidente da província. A escola vira lugar para disciplinar e moralizar, não para instruir. No ano de 1872 começa a funcionar a primeira escola pública municipal do Brasil, a São Sebastião, na Praça 11 de Junho, no Rio de Janeiro. É lançada a revista A Instrução Pública, que ajuda a construir a identidade profissional dos docentes.

Século XX
Em 1903, o Estado de São Paulo decide reduzir os vencimentos dos professores para poupar recursos públicos. Manifestações pipocam e os processos na Justiça se arrastam até os anos 30.

A primeira universidade do Brasil, a do Paraná, é inaugurada em 1912. Oito anos mais tarde, a do Rio de Janeiro abre suas portas. O Ministério dos Negócios da Educação e da Saúde Pública nasce em 1930. A década é marcada pelo aumento do número de escolas. Diversos Institutos de Educação formam professores em nível superior e dão nova dimensão à carreira. O Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, de 1932, critica as reformas sem consistência, fragmentárias e desarticuladas da educação.

O que seria o primeiro Plano Nacional de Educação — elaborado pelo Conselho Nacional da Educação depois de ampla pesquisa em instituições culturais e com especialistas — tem sua promulgação adiada pela instituição do Estado Novo, em 1937. A legislação prioriza o ensino pré-vocacional e profissionalizante para as classes menos favorecidas.

É o fim dos Institutos de Educação.

Após a Segunda Guerra, educação entra em crise e educadores procuram fomentar a solidariedade para a construção de um mundo melhor.

Só em 1953 o curso normal passa a ter equivalência em relação aos cursos de Ensino Médio para ingresso na universidade. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação é aprovada em 1961, descentralizando os serviços de ensino. Seu texto garante autonomia às escolas e poder ao professor para avaliar a aprendizagem.

O golpe de 1964 reprime toda e qualquer manifestação crítica. Grêmios estudantis transformam-se em centros cívicos. Professores universitários e pensadores são exilados. O regime militar cria o Mobral para acabar com o analfabetismo — um estrondoso fracasso.

A Lei 5692 recebe 362 emendas (207 com parecer contrário) antes de ser aprovada, em 1971. Ela obriga administradores, planejadores, orientadores, inspetores e supervisores a ter diploma de curso superior. Professor primário não precisa. Também torna obrigatória a habilitação profissional já no segundo grau. Ganham força as queixas contra os baixos salários.

Em 1988, a nova Constituição é uma luz de esperança. Ela obriga União e os Estados a aplicar, respectivamente, 18% e 25% da receita em educação. No ano seguinte, professores de São Paulo fazem uma greve de 79 dias por melhores salários. Outras paralisações ocorrem em 1993 (60 dias) e 2000 (44 dias). Em 1996, é promulgada a nova LDB e o MEC edita os Parâmetros Curriculares Nacionais.

Um ano mais tarde entra em vigor o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef).

No início do século 21, o Brasil é o sexto país do mundo em número de alunos: mais de 54 milhões.

Publicado em NOVA ESCOLA Edição 146, Outubro 2001.

7 erros do professor em sala de aula

Ilustração: Orlandeli

1. Utilizar o tempo de aula para corrigir provas

O problema Deixar a turma sem fazer nada ao corrigir exames ou propor que os alunos confiram as avaliações.

A solução Nesse caso, o antídoto é evitar a ação. Corrigir provas é tarefa do educador, para que ele possa aferir os pontos em que cada um precisa avançar. E o momento certo para isso é na hora-atividade.

Ilustração: Orlandeli

2. Exigir que todos falem na socialização

O problema Durante um debate, pedir que todos os estudantes se manifestem, gerando desinteresse e opiniões repetitivas.

A solução
O ideal é fazer perguntas como "Alguém tem opinião diferente?" e "E você? Quer acrescentar algo?". Assim, as falas não coincidem e os alunos são incentivados a ouvir e a refletir.

Ilustração: Orlandeli

3. Não desafiar alunos adiantados

O problema Crianças que terminam suas tarefas ficam ociosas ao esperar que os demais acabem. Além de perder uma chance de aprender, atrapalham os colegas que ainda estão trabalhando.

A solução
Ter uma segunda atividade relacionada ao tema da primeira para contemplar os mais rápidos.

Ilustração: Orlandeli

4. Colocar a turma para organizar a sala

O problema A arrumação de carteiras e mesas para trabalhos em grupo e rodas de leitura acaba tomando uma parte da aula maior do que das atividades em si.

A solução
Analisar se a mudança na disposição do mobiliário influi, de fato, no aprendizado. Em caso positivo, vale programar arrumações prévias à aula.

Ilustração: Orlandeli

5. Falar de atualidades e esquecer o currículo

O problema Abordar o assunto mais quente do momento por várias aulas, o que pode sacrificar o tempo dedicado ao conteúdo.

A solução
Dosar o espaço das atualidades e contextualizar o tema. Em Geografia, por exemplo, pode-se falar de deslizamentos de terra relacionando-os aos tópicos de geologia.

Ilustração: Orlandeli

6. Realizar atividades manuais sem conteúdo

O problema Pedir que os alunos façam atividades como lembrancinhas para datas comemorativas sem nenhum objetivo pedagógico.

A solução
Só propor atividades manuais ligadas a conteúdos curriculares - nas aulas de Artes, por exemplo, para estudar a colagem como um procedimento artístico.

Ilustração: Orlandeli

7. Propor pesquisas genéricas

O problema Pedir trabalhos individuais sobre um tema sem nenhum tipo de subdivisão. Como resultado, surgem produções iguais e, muitas vezes, superficiais.

A solução
Dividir o tema em outros menores e com indicações claras do que pesquisar. Isso proporciona investigações mais profundas e dinamiza a socialização.

Resta lembrar que nem tudo o que foge ao planejamento é perda de tempo. Questionamentos, por exemplo, são indícios de interesse no assunto ou de que um ponto precisa ser esclarecido. "Para esse tipo de desvio de rota, vale, sim, abrir espaço. Afinal, são atividades reflexivas e que auxiliam na aprendizagem", afirma Cristiane Pelissari, formadora da Secretaria de Estado da Educação de São Paulo.

(retirado do site nova escola )

16 de out. de 2011

Planos de Aula para educação infantil planinhos de aula

plano 1:
Conteúdo:
· Grafismo;
· Equilíbrio e concentração.

Objetivos:
· Desenvolver o grafismo (trabalhando o desenho de círculos);
· Trabalhar o equilíbrio e a concentração através de atividades físicas.

Rodinha: conversa informal com os alunos, sobre como segurar um lápis e fazer movimentos circulares desenhando bolinhas.

Atividade 1: cartas dos círculos.
· Materiais: giz de cera, papel pardo e muc.
· Desenvolvimento: colocar um cartaz de papel pardo no chão da sala e pedir que os alunos desenhem círculos nele.

Atividade 2: vamos ajudar o agricultor a plantar as sementinhas?


Atividade 3: atividade física.
· Fazer vários círculos com giz no chão e pedir que os alunos caminhem sobre eles.
· Cada macaco no seu galho: aproveitar os círculos desenhados no chão, a fazer a brincadeira.
· Os alunos em circulo, e o professor no centro com uma bola. O professor irá jogar a bola para o aluno e ele terá que agarrá-la e jogá-la novamente, assim sucessivamente.

Atividade 4: brincadeira livre no pátio.

Atividade 5: hora do conto – biblioteca da sala.

plano 2:
Conteúdos:
· Grafismo;
· Motricidade fina, amassado;
· Música e rítmo;
· Noção de quantidade até o número 3;

Objetivos:
· Trabalhar o grafismo através dos pontilhados;
· Desenvolver a motricidade fina, amassando e colando bolinhas de papel;
· Desenvolver a noção de quantidade;
· Executar movimentos através da música.

Rodinha: conversa informal, referente a o grafismo (círculo).

Atividade 1: música nova – “Zezé”.

“Vejam o que aconteceu,
Meu boneco de neve derreteu.
Os olhos, as orelhas, a boca e o nariz,
Até o pescoço desapareceu.
As mãos, os braços e a barriga,
Foram parar no chão.
Ta vendo sol! Você abusou!
Do Zezé e nada restou”!!!

Atividade 2: em folhas de ofício pedir aos alunos para desenhar o boneco de neve Zezé.

Atividade 3: contar quantas flores há na folha, passar por cima dos pontilhados e colar bolinhas de papel no número três.



Atividade 4: brincadeira livre na sala, com bonecas e carrinhos.
plano 3:
Conteúdos:
· Motricidade fina;
· Círculos;
· Atenção;
· Criatividade e dramatização;

Objetivos:
· Desenvolver a motricidade fina;
· Identificar os círculos iguais;
· Trabalhar a atenção, confiança, criatividade e a dramatização através de invenção de histórias.


Atividade 1: pintar e ligar os círculos iguais
Atividade 2: boneco bolinha
Materiais: diversos círculos de papel colorido de tamanhos diferente, muc.
Espalhar na mesa os círculos de papel coloridos e de tamanhos diferentes. Distribuir uma folha de ofício para cada aluno, onde ele terá que montar um boneco usando os círculos e colá-lo na folha.

Atividade 3: cada aluno terá que inventar uma história utilizando seu boneco, eles terão que dar nome, qualidades, e o que o boneco gosta de fazer.

Atividade 4: mural
Pedir para aos alunos fixar os bonecos no mural, e anexar na parede da escola.

Atividade 5: brincadeira no pátio.

12 de out. de 2011

Lembrancinha para o dia dos professores








Reciclando garrafas PET faça lindas porta-lembrancinhas para presentear o professor no seu dia.

Você vai precisar de:


•garrafas de refrigerante de plástico


• pedaços de galhos de árvore


•tecido vermelho ou lenço de papel vermelho


•feltro verde em dois tons de verde


•fita para o lacinho


• furador


•pistola de cola quente

Fonte :http://www.creativejewishmom.com/
"Elevo os olhos para os montes: de onde me virá o socorro? O meu socorro vem do SENHOR, que fez o céu e a terra. Ele não permitirá que os teus pés vacilem; não dormitará aquele que te guarda."
(Salmos 121:1-3)

26 de set. de 2011

Apenas Brincando

"Quando estou construindo com blocos no quarto de brinquedos ,
Por favor, não diga que estou apenas brincando,
Porque enquanto brinco, estou aprendendo sobre equilíbrio e formas.
Quando estou me fantasiando, arrumando a mesa e cuidando das bonecas.
Por favor, não me deixe ouvir você dizer ele está apenas brincando.
Porque enquanto eu brinco, eu aprendo.
Eu posso ser mãe ou pai algum dia.
Quando estou pintando até os cotovelos. Ou de pé diante do cavalete, ou modelando argila,
Por favor, não diga que estou apenas brincando. Porque enquanto eu brinco, eu aprendo.
Estou expressando e criando Eu posso ser artista ou inventor algum dia.
Quando estou entretido com um quebra-cabeça ou com algum brinquedo na escola,
Por favor, não sinta que é um tempo perdido com brincadeiras.
Porque enquanto brinco, estou aprendendo. Estou aprendendo a me concentrar e resolver problemas.
Eu posso estar numa empresa algum dia.
Quando você me vê aprendendo, cozinhando ou experimentando alimentos.
Por favor, não pense que porque me divirto, é apenas uma brincadeira.
Eu estou aprendendo a seguir instruções e perceber as diferenças.
Eu posso ser um chefe algum dia.
Quando você me vê aprendendo a pular, saltar, correr e movimentar meu corpo.
Por favor, não diga que estou apenas brincando. Eu estou aprendendo como meu corpo funciona.
Eu posso ser um médico, enfermeiro ou um atleta algum dia.
Quando você me pergunta o que fiz na escola hoje.
E eu digo: eu brinquei.
Por favor, não me entenda mal.
Por que enquanto eu brinco, estou aprendendo. Estou aprendendo a ter prazer e ser bem sucedido no trabalho.
Eu estou me preparando para o amanhã.
Hoje, eu sou uma criança e meu trabalho é brincar.”

A falta que os intérpretes fazem na inclusão de alunos surdos.




Em 2008, dos 64.150 alunos surdos recenseados pelo Ministério da Educação no Brasil, 54% estavam em classes regulares. Mas o primeiro levantamento que cruzará o número de intérpretes com as matrículas dos deficientes auditivos só deve ser feito este ano. Mesmo antes da divulgação dos resultados, especialistas e autoridades imaginam o que ele dirá: não há profissionais suficientes.

É por causa da carência que entidades do setor ainda defendem as escolas especiais segregadas até o fim do Ensino Fundamental. Em muitas unidades de ensino regulares, alunos surdos ainda estudam sem intérpretes, o que revolta integrantes da Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos (Feneis). "A inclusão não está funcionando", diz o diretor da entidade em São Paulo, Neivaldo Augusto Zovico. "Os professores estão despreparados e as secretarias de Educação não contratam intérpretes. Os alunos acabam frustrados por não entender nada e desistem", reclama.

A coordenadora do Programa de Acessibilidade da Derdic-PUC, Maria Inês Vieira, defende o mesmo ponto de vista. "Acredito em inclusão na sociedade, mas não na Educação Básica", diz. Ela explica que, para o aluno surdo, o português é uma segunda língua e deveria ser ensinado após a primeira, libras.

A diretora de Educação Especial da Secretaria de Educação Especial do MEC, Martinha Dutra, afirma que a inclusão total é uma questão de tempo. "Faltam profissionais porque tudo é muito novo. A própria regulamentação do intérprete no Ministério do Trabalho ainda está em curso, mas isso vai ser acelerado com a multiplicação do conhecimento de libras", argumenta.

Pela nova perspectiva de trabalho das autoridades, as instituições especializadas deixam de receber verbas por crianças atendidas de maneira segregada, em escolas especiais.

No novo modelo, essas entidades devem usar a experiência acumulada para ajudar a inclusão na rede pública, em contratos com estados e municípios, por exemplo. Outro fator que incentiva essa modernização é um decreto federal, assinado em 2008, que dobra o valor do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais de Educação (Fundeb) para alunos com deficiência inclusos na rede regular, se atendidos pelo contraturno público e estudando regularmente com intérprete, como manda a lei.

25 de ago. de 2011

Algumas atividades bem legais para dias chuvosos

glitters

Recados, Fotos, Imagens - Torpedo Gratis


1 - Massa de Modelar
Material:
2 xícaras de chá de farinha de trigo;
Meia xícara de chá de água;
Meia xícara de chá de sal;
Uma vasilha.
Modo de fazer:
Misture tudo numa vasilha, com as mãos.
Se a massa ficar dura, junte mais água e amasse.
Amasse bem até sentir que a consistência está boa para modelar.
Massa colorida:
Divida a massa em algumas partes. Em cada parte coloque uma colher de sopa de tinta guache diluída em um pouco de água (em cada parte uma cor diferente). Amasse até a tinta estar espalhada igualmente.
Guarde a massa em um recipiente fechado na geladeira. Ela dura um mês !

2 - Chocalho
Material:
01 lata de alumínio
Semente de feijão, milho, arroz ou pedrinhas
Fita adesiva
Modo de fazer:
Você pode enfeitar seu chocalho com figuras que você imprime e cola. Ou pode pintar sua lata com tinta plástica. Encha sua lata com a semente que você tiver ou pedrinhas. Cada semente fará um barulho diferente e você pode fazer vários chocalhos conseguir diversos sons.
Vede o buraco da latinha com fita adesiva e cole uma figura por cima para dar um acabamento legal.

3 - Chocalho ( 2)
Material
dois copos de danone
Feijões ou arroz
cola ou durex colorido
Como fazer:
Pegue um copinho e coloque alguns feijões ou arroz.
Com a cola, una os dois copinhos pela beirada.
Pode decorar se quiser!
Agora é só esperar secar e balançar!

4 - Tambor
Material:
01 pote plástico ou 01 lata com tampa plástica ( tipo lata de Nescau)
Barbante ou Corda
Modo de fazer:
Enfeite seu pote ou lata. Você pode imprimir um desenho de seu personagem preferido e colar, ou só pintar a lata, pintar um papel e colar na lata.
Faça 2 furos no pote ou lata, passe o barbante e amarre por dentro.
Pendure no pescoço e toque com uma colher ou pedaço de pau, pode ser palito de sorvete .

5 - Bingo do nome
Material :
papeis, cartolina, caixa e caneta.
Escreva na cartolina as letras do alfabeto, recorte e coloque na caixa.
Entregue um pedaço de papel a cada aluno e peça para que cada um coloque seu nome.
Brincadeira:
Dite as letras conforme o sorteio e pessa para as crianças irem marcando.
Ganha o aluno que marcar as letras sorteadas primeiro.
Através da dinâmica o aluno compreende as letras do alfabeto.
esteja atenta para ver se estão marcado corretamente.

6 - Bilboquê
Material:
1 copo de papel ou plástico usado (ou uma garrafa pequena de refrigerante cortada ao meio)
Barbante
1 folha de papel usado
Fita crepe
Tinta guache
Como fazer:
Amasse o papel até formar uma bolinha. Envolva a bolinha de papel com fita crepe e pinte. Corte cerca de um metro de barbante e cole uma das pontas na bolinha, com fita crepe. Pinte o copo e faça um furinho na base.
Passe o barbante pelo furinho (de fora para dentro do copo), dê um nó e use fita crepe para fixar. O objetivo desta brincadeira é segurar o copo com uma das mãos e tentar colocar a bolinha dentro, sem tocar nela.

7 - Máscaras com sacolas de papel
Material:
Sacolas
tesouras
guache ou lápis de cera
Como fazer:
Coloque a sacola sobre a cabeça e veja em que posição
ficam os olhos e o nariz e marque com o dedo.
Tire da cabeça e corte nos locais marcados.
Pinte a boca e procure fazer caras engraçadas.

8 - Peteca
Material:
Uma folha de jornal
Pedaço de barbante ou Fita Adesiva
Modo de Fazer:
Amassar meia folha de jornal, fazendo uma bola achatadahttp://www.blogger.com/img/blank.gif.
Colocar a bola no centro da outra metade da folha e envolvê-la, deixando as pontas soltas.
Torcer a folha na altura da bola e amarrar um barbante ou colocar um durex.
Pintar com cores alegres com tinta guache, ou tinta para artesanato.








retirado do blog educaçõa infantil

23 de ago. de 2011

Resenha do livro "Reflexões sobre a alfabetização", de Emília Ferreiro

glitters

Recados, Fotos, Imagens - Torpedo Gratis



Lançado em 1981, este livro é um dos melhores materiais para quem quer iniciar o estudo a respeito da psicogênese da língua escrita

Beatriz Vichessi (bvichessi@abril.com.br)

A investigação acadêmica organizada por Emilia Ferreiro a respeito da alfabetização, iniciada em 1979, revolucionou o jeito de ensinar as crianças a ler e escrever e fez da autora uma referência mundial sobre o tema.

O livro Reflexões sobre Alfabetização (104 págs., Ed. Cortez, tel. 11/3864-0111, 15 reais), lançado em 1981, é um dos melhores materiais concebidos pela educadora argentina para quem quer iniciar o estudo das pesquisas realizadas por ela a respeito da psicogênese da língua escrita. Trata-se da síntese das principais contribuições de Emilia para a história e as descobertas sobre a alfabetização.

Porém é importante que o leitor passeie pelas refl exões propostas no texto com olhos e pensamento atentos, pois irá deparar-se com saberes infantis sofi sticados e engenhosos, que surpreendem muito ao mostrar quão originais (e nem um pouco mecânicas) são as construções cognitivas que os pequenos são capazes de realizar.

O texto instiga o educador e dá subsídios para que ele questione sua prática e revitalize o modo de compreender o ensino, inaugurando uma maneira inédita de alfabetizar: a autora transfere a investigação do jeito de ensinar para o que tem de ser aprendido, com foco nas concepções que as crianças têm sobre o sistema de escrita, e prioriza a análise das produções infantis.

Mergulhar nas informações sobre a pré-história das elaborações infantis a respeito das marcas da linguagem expressas no mundo que nos rodeia acende uma luz defi nitiva sobre a alfabetização: diante de construções tão inteligentes, somos convidados a construir uma escola igualmente inteligente! E, ao sabermos o que as crianças pensam e como pensam, permitimos que sejam abertos novos caminhos: torna-se um compromisso inadiável entender cada vez mais e melhor como esses processos funcionam para planejar as aulas de alfabetização.

Ana Cláudia Rocha, diretora do Projeto DICA de formação docente



Trecho do livro

"Temos uma imagem empobrecida da língua escrita: é preciso reintroduzir, quando consideramos a alfabetização, a escrita como sistema de representação da linguagem. Temos uma imagem empobrecida da criança que aprende: a reduzimos a um par de olhos, um par de ouvidos, uma mão que pega um instrumento para marcar e um aparelho fonador que emite sons. Atrás disso há um sujeito cognoscente, alguém que pensa, que constrói interpretações, que age sobre o real para fazê-lo seu. Um novo método não resolve os problemas. É preciso reanalisar as práticas de introdução da língua escrita, tratando de ver os pressupostos subjacentes a elas, e até que ponto funcionam como fi ltros de transformação seletiva e deformante de qualquer proposta inovadora. Os testes de prontidão também não são neutros. (...) É sufi ciente apontar que a 'prontidão' que tais testes dizem avaliar é uma noção tão pouco científi ca como a 'inteligência' que outros pretendem medir."


Por que ler

- Aproxima o leitor da pesquisa que representou uma revolução conceitual na alfabetização, colocando o foco naquele que aprende.
- Apresenta o percurso pelo qual as crianças elaboram suas próprias idéias sobre o sistema de escrita.
- Fornece elementos para compreender por que a escola tem formado analfabetos funcionais.
- Expõe exemplos de como se dá o pensamento infantil sobre o sistema de escrita, demonstrando a originalidade e a provisoriedade dessas concepções.
- Convida o educador à consciência da dimensão política da alfabetização, entendida como ferramenta de construção de cidadania.

26 de jul. de 2011

Alfabetizando Com Música



Público- Alvo: alunos do 2º. e 3º. ano do Ciclo de Alfabetização.

Objetivo: Mostrar como a música pode criar possibilidades para a alfabetização e o letramento.
A CASA
Vinicius de Moraes
Composição: Vinicius de Moraes

Era uma casa muito engraçada
Não tinha teto, não tinha nada
Ninguém podia entrar nela, não
Porque na casa não tinha chão
Ninguém podia dormir na rede
Porque na casa não tinha parede
Ninguém podia fazer pipi
Porque penico não tinha ali
Mas era feita com muito esmero
na rua dos bobos numero zero.

1º Passo – Perguntar para as crianças se elas já ouviram está música e se conhecem quem escreveu;
Obs: Fazer uma leitura sucinta e objetiva da biografia do compositor.

2º Passo - Escrever a letra da música em um cartaz e cantar com as crianças mostrando a letra até que elas se familiarizarem com as palavras principalmente, se existirem alunos não alfabetizados; pois, eles necessitarão aprender a música de cor para poderem realizar as atividades propostas, caso, contrário, os mesmos não conseguirão fazer mais nada;
Obs: A letra da música deverá ser registrada no caderno como uma sugestão de para casa, devendo ser preservado sua formatação e estrutura textual. Explicar aos alunos a que gênero pertence o texto: gênero música. O cartaz deverá ser afixado na sala, como mais um componente do ambiente alfabetizador.

3º. Passo – A professora fará uma leitura bem expressiva do texto. Os alunos poderão acompanha - lá no cartaz, ou melhor, ainda, no texto que já foi copiado no caderno, fará comentários sobre o assunto, do tipo: do que ela fala? Discutirá bastante com eles sobre esta casa que é bem diferente das casas que eles conhecem, perguntará sobre as palavras desconhecidas e tentará juntamente com eles buscar o significado das palavras no contexto.

4º Passo – Após realização do trabalho do item anterior, a professora irá propor a busca das palavras que não foram esclarecidas com sua intervenção no dicionário, fazendo os direcionamentos para a busca pelas crianças; como intervenção a professora pode dizer: vamos procurar a palavra... ela está na página ...., dependendo da turma a professora pode ainda situar em qual coluna está a palavra a ser procurada e ainda se esta no meio, embaixo ou mais acima da coluna.

5º Passo – O professor pedirá aos alunos que procurem na letra das músicas as palavras que rimam e faça uma marca nas terminações que se combinam, podendo ser sugerido de maneira oral que os alunos digam outras que se assemelhem e as registrem no caderno;

6º Passo – Colorir as palavras selecionadas da seguinte forma: a primeira sílaba com a cor amarela, a do meio com a cor verde e a última com a cor azul. Depois de marcadas pelas respectivas cores, pedir aos alunos que registrem as palavras no caderno, uma debaixo da outra e que façam um círculo com vermelho na palavra que contém o maior número de letras e um quadrado de cor laranja na palavra que contém o menor número de letras;

7º Passo - Colocar em ordem alfabética as palavras do 5º item e classifcá- las conforme o número de sílabas. Se os alunos já conhecem a terminologia da classificação de sílabas poderão fazê-lo, caso contrário, deverão apenas contar as sílabas e registrar na frente de cada palavra a quantidade das mesmas;

8º Passo – Formar frases com as palavras do item anterior. Se a criança ainda não está alfabetizada a professora escreverá no quadro as palavras de forma desordenada e auxiliará na formação das frases. Após, esse trabalho pedir para que as crianças as reescrevam;
Obs: Manter a sala com os alunos em pequenos grupos para facilitar a intervenção e orientação da professora.

9º Passo – Pedir aos alunos para fazerem uma ilustração de uma casa muito engraçada e uma de sua casa. A professora pedirá para a criança fazer uma comparação entre a “Casa muito Engraçada” e a sua casa. Perguntando: Qual é a diferença entra as duas casas? O que elas têm de parecido? Etc. A professora ouvirá a opinião das crianças.

10º Passo – Após a reflexão do item anterior se a criança já está alfabetizada ela criará uma pequena história após ter refletido sobre está “Casa muito Engraçada” e a sua casa. E as crianças que ainda não são alfabetizadas podem trabalhar o texto da música fatiado, para que a criança possa ordená-lo.
Obs: Pode ser sugerida a confecção de um texto coletivo.

Biografia do Autor
Vinicius de Moraes , nasceu no Rio de Janeiro, no dia 19 de outubro de 1913 e faleceu em 09 de julho de 1980. Poeta essencialmente lírico, o poetinha (como ficou conhecido) notabilizou-se pelos seus sonetos. Sua obra é vasta, passando pela literatura, teatro, cinema e música.

Na verdade, Vinícius de Moraes não foi músico, muito menos cantor. Por causa de suas parcerias com tais músicos e cantores, que musicaram seus poemas, é comum tomá-lo por músico, conhecidas as várias canções de sua autoria. O detalhe importante é que Vinícius não era um compositor, só letrista.

por, Christine Tavares Cordeiro e Rogério Augusto dos Santos

Rubem Alves



Rubem Alves, em seu livro: O POETA, O GUERREIRO, O PROFETA
(Ed. Vozes,1995. P. 10 ) diz:

“Uma aranha fez sua teia num canto do meu escritório. Eu a descobri ontem e, com a minha vassoura, tratei de me livrar dela. Teias de aranha são sinais de descaso e eu não queria que aqueles que me visitam pensassem mal de mim. Mas hoje ela está no mesmo lugar. Durante a noite refez sua teia. Acho que ela gostou do lugar, me perdoou e confia na minha compreensão. Compreende. E decidi que ela vai ser minha companheira.
Embora ela não saiba falar, ela me fez pensar. Confesso que a aranha me fascinou. Primeiro por aquilo que vejo. Lá está ela, segura e feliz, pendurada sobre o vazio. Não existe hesitação alguma nos seu passos. Suas longas pernas se movem sobre os finos fios de sua teia com tranqüila precisão, como se fossem dedos de um violinista, dançando sobre as cordas. Sua teia é coisa frágil, feita com fios quase invisíveis. E, no entanto, é perfeita, simétrica, bela, perfeitamente adequada ao seu propósito. Mas o fascínio tem a ver com aquilo que não vejo e só posso imaginar. Imagino aquela criaturinha quase invisível suas patas coladas à parede. Ela vê as outras paredes, tão distantes, e mede os espaços vazios. E só pode contar com uma coisa para o trabalho incrível que está para ser iniciado: um fio, ainda escondido dentro de seu corpo. E, então repentinamente, um salto sobre o abismo, e um universo começa a ser criado...
Em outros tempos acho que fui um bom professor. Como a aranha eu sabia tecer a minha teia de palavras. Eu sabia o que ensinava e só ensinava o que sabia... Bons professores, como a aranha, sabem que lições, estas teias de palavras, não podem ser tecidas no vazio. Elas precisam de fundamentos. Os fios, por finos e leves que sejam, têm de estar amarrados a coisas sólidas: árvores, paredes, caibros. Se as amarras são cortadas a teia é soprada pelo vento, e a aranha perde a casa...”Professores sabem que isto vale também para a educação...

A História do Lápis



O menino olhava a avó escrevendo uma carta. A certa altura perguntou:

-Você está escrevendo uma história que aconteceu conosco
-E, por acaso, é uma história sobre mim?
A avó parou a carta, sorriu, e comentou com o neto:
-Estou escrevendo sobre você, é verdade.
Entretanto, mais importante do que as palavras, é o lápis que estou usando. Gostaria que você fosse como ele, quando crescesse.

O menino olhou para o lápis, intrigado, e não viu nada de especial. E disse:

-Mas ele é igual a todos os lápis que vi em minha vida!
No entanto, a avó respondeu:

- Tudo depende do modo como você olha as coisas. Há cinco qualidades nele que, se você conseguir mantê-las, será sempre uma pessoa em paz com o mundo:
'Primeira qualidade: você pode fazer grandes coisas, mas não deve esquecer nunca que existe uma Mão que guia seus passos. Essa mão nós chamamos de Deus, e Ele deve sempre conduzi-lo em direção à Sua vontade.

'Segunda qualidade: de vez em quando eu preciso parar o que estou escrevendo, e usar o apontador. Isso faz com que o lápis sofra um pouco, mas no final, ele está mais afiado. Portanto, saiba suportar algumas dores, porque elas o farão ser uma pessoa melhor.

' 'Terceira qualidade: o lápis sempre permite que usemos uma borracha para apagar aquilo que estava errado. Entenda que corrigir uma coisa que fizemos não é necessariamente algo mau, mas algo importante para nos manter no caminho da justiça.

"Quarta qualidade: o que realmente importa no lápis não é a madeira ou sua forma exterior, mas o grafite que está dentro. Portanto, sempre cuide daquilo que acontece dentro de você.

' 'Finalmente, a quinta qualidade do lápis: ele sempre deixa uma marca. Da mesma maneira, saiba que tudo que você fizer na vida, irá deixar traços, e procure ser consciente de cada ação.'